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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Guten Morgen Joinville


Nove de março é a data do aniversário da minha cidade, Joinville.

A cidade em que se vive tem o jeito da gente, nela estão impregnados nossos sonhos, anseios, tudo o que vivemos.
Tudo o que ela nos dá.
Tudo o que damos a ela.

A cidade em que se vive é como a casa da gente: 
acostumamos com o que dispomos, com o que conquistamos. 
Nossos olhos vendo sempre os mesmos lugares, as mesmas pessoas.

Identificamo-nos com seu cheiro, com o céu, o sol, a chuva,  as serras que formam uma muralha que nos protege e nos encanta com sua grandeza, as árvores que acolhem os pássaros que com seu canto anunciam toda manhã o começo de mais um dia.

A cidade em que se vive é como os parentes e amigos que temos. É um referencial, assim como nos apresentamos a alguém falando de nós mesmos, falamos também da cidade em que se vive. Nela nascemos, crescemos e onde também crescem os nossos filhos.

É a minha casa grande, um lugar que se tem para voltar por mais longe que se vá.


 
Pórtico




História


A história começou com o casamento que celebrou a união da família imperial brasileira e a realeza francesa. A terra onde hoje está a cidade foi doada ao Príncipe de Joinville, em 1843, como dote da princesa Carolina, irmã do imperador Dom Pedro II. O casal não chegou a conhecer as terras. Parte delas foi negociada com a Sociedade Colonizadora Hamburguesa. Em março de 1851 chegaram os primeiros 118 imigrantes alemães e suíços, seguidos de um grupo de 74 noruegueses. Do ano de fundação até 1897, foram trazidos 28.000 imigrantes germânicos - operários, intelectuais, agricultores e profissionais liberais, que fugiam da Europa em busca de oportunidades no Brasil. Assim nasceu a Colônia Dona Francisca, que passou a chamar-se Joinville em homenagem ao Príncipe de Joinville. Os imigrantes trouxeram na bagagem o espírito de luta e de trabalho e, embora enfrentando toda sorte de dificuldades, conseguiram transformar uma terra inóspita e selvagem na maior cidade do estado e num dos mais sólidos parques industriais do país.


saiba mais:

fotos da cidade:  http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=969120

 by mr. canello

Uma brincadeirinha que só quem vive aqui há muito tempo deve entender...

*Para você que quer aprender alemão
 
*Ticionário do Alemon te Xoinvfile, Xaracuá, Pomerode, Plumenau, Prusque, e Atjacências

PANDA – (s.f.) - É um crupo te amicos, que se xunta bara fazer múcica. Norrmalmente, tem bor nome pandinha.

PAR – (s.m.) - O mesmo que Potega, policho, armacem que serve pepidas e tira-costo, como toresmo, quecho, mortatela, ofo cozito, etc.

PARACO
– a(s.m.) - Habitaçon popre, humilte, sem áqua, sem luxa.

PARALHO
– (s.m.) - Xoco de cartas. Muito abreciato nos pares e caças te família.

PIA – (s.f.) - No Brrasil tampém conhecita por lourra ou xelada. É um pepita veita a bartir do cevata, muito apreciata em pares e vestas.

PIÇAR
– a(v.) - Caminhar no grrama, caminhar no calçada; Ex.: Non piça no minha crama, vacapunto!

PIZICLETA
– (s.f.) - Meio te transporte te tois rodas, com traçon humana. Tem bedais e coreia.

POLZA – (s.f.) - Pjeto que serfe bara caregar vários coisa. Tem vários dipos: polza te mulher, polza bara lixo, polza te subermercato e polza te açons financerras (que non sei que é).  
 

PUTIÁ – (s..f.) - Lá no minha caza só o minha mulher é que costa de putiá. Eu e os minhas filhos non costamos de putiá porque é uma frutinho muito aceta,  xeca a tar arrebio.

REBUCHO
– (s.m.) - Eveito ta maré, depos te bater no praia, os ontas  foltam bara o mar.  
 

TIARRÉIA – (s.f.) - Tistúrbia dos tripas. Muito comum para quem come panana com gachasa e toresmo com chimaron, ou bepe pia xelada com linqüiça quende. É tão ruim o tiarréia, que teixa o xente suato e amarrelo.

XAROBE
- (s..m.) - Remétio xeralmente feito te erfas ou com mel e agrion. Muito inticato nos resvriados fortes, com muito tosse. 2) Intívituo chato, que costa te imbortunar, ou alco que não se coste. Ex.: A rátio ta Frida só toca músico xarobe!

XOTA
– (s.m.) - Técima letra to alfapeto.

XUNTO
– (adj.) - Acompanhato te alco ou alquém. Facer alcuma coisa com alquém. 2) - (v.) - Ato te xuntar alcuma coisa. Ex.: O Fritz xuntô a carta to paralho da chon.

ZIM
– (ex.) - O que diz pessoa que concorrda, aceida, deixa. Pessoa que sempre diz zim é conhecida bor concortino.

Autorr: Alemon te: 

*Prusque, Plumenau, Xoinville, Charraquá,Timpó, Intaial. 
Brusque, Blumenau, Joinville, Jaraguá,Timbó, Indaial.


       *        



  Ich liebe meine stadt  Joinville
***
Aposentei-me no ano passado e como professora que era continuo a me interessar por tudo que acontece.
As datas comemorativas sempre foram trabalhadas em sala de aula e muito especialmente o aniversário de joinville.
Não nasci aqui, mas moro há muitos anos e sou casada com um joinvilense nato de origem alemã, assim como a origem da nossa cidade e cuja convivência me fez aprender palavras soltas em “german/deutsch ”. Pensei então em escrever sobre a cidade através de um olhar poético e salpicado de “alemosidades” retratado no título e a “brincadeirinha” no final. Viver aqui e por tantos anos faz de joinville a minha cidade onde escrevi e escrevo a minha história.

5 comentários:

Anônimo disse...

Adorei conhecer um pouco da história de Joinvelle. Aliás, gosto muito de saber a origem das coisas, fica mais interessante.

Obrigada pela visita em meu blog. E que bom vc ter gostado do texto. bjs da Lou e até breve, aqui em Brasília. Agora q está aposentada, pode fugir a qq hora.

Marina Carla disse...

Adorei conhecer mais sobre Joinville. Sou catarinense, mas ainda não tive oportunidade de conhecer esta cidade, mas.. quem sabe? Enquanto eu for viva, posso vir a conferir de perto tudo o que falam e escrevem sobre esse município.
Bela postagem.
(já vi esse ticionário em algum lugar.. bom rir de novo)
Abraços!

Joicy Sorcière disse...

Que bacana conhecer um cadim de "sua" cidade, Shan!!! (mesmo vc não tendo nascido lá, já se sente parte...e se tornou parte! Basta vermos o amor que vc demonstra por essa cidade)

Eu não conheço... mas, já ouvi falar e sempre de forma positiva!

Ah, eu sou encantada com a língua alemã. Uma de minhas bandas favoritas, chamada Rammstein, é da alemanha. Adoooooro!

bjks

Luciana Souza disse...

É a primeira vez que visito e comento no seu blog, vc já deve ter visto meus comentários no blog da nossa amiga Joicy, eu já te vi lá.
Me chamou a atenção a foto do Portal de Joinville, eu já fui lá, como eu disse no face, eu tenho um amigo que mora em Brusque, e sempre que podemos, eu e minha família viajamos para Santa Catarina, preferimos os lugares menos badalados tipo Pena, Porto Belo, Governador Celso Ramos. Enfim, sua paixão pela sua terra natal, é muito legal, porque eu sinto a mesma coisa pela minha cidade Itanhaém/SP. É a segunda cidade do Brasil, a Joicy fez um post com os cartões que eu mandei prá ela tempos atrás, é bem pequena e aconchegante, como vc descreveu, minha segunda casa. Bjos.

http://ashistoriasdeumabipolar.blogspot.com

Rui Pires - Olhar d'Ouro disse...

E quem assim escreve...

Maravilhosa lição professora Tinha!
como que por antecipação, meus parabéns para Joinville, international city :)

Mas entretanto, continuação de feliz dia da mulher!

bj